11 de janeiro de 2010

"Pondo em Prática a Ciência da Felicidade"

[excerto de artigo]

(…) Um país que leva a felicidade muito a sério é o Butão, o pequeno reino dos Himalaias que foi o anfitrião, em 1972, da primeira Conferência Nacional sobre Felicidade Bruta. À época, o rei do Butão proclamou que "a Felicidade Interna Bruta é mais importante do que o Produto Interno Bruto".

Desde então, o Butão consagrou o conceito constitucionalmente e procurou formas de o aplicar e medir. Karma Ura, o director butanês do Centro de Estudos Butaneses e orador da conferência, explicou que, com o tempo, os butaneses identificaram nove aspectos relevantes para as análises da felicidade. Estes incluem: o bem-estar psicológico; a boa saúde; a utilização do tempo (equilíbrio trabalho-lazer); a vitalidade da comunidade; a educação; a preservação cultural; a protecção ambiental; a boa governação; e a segurança financeira.

Eles desenvolveram questionários, usados em sondagens regulares do povo butanês, através das quais avaliam a satisfação com a vida em cada uma destas áreas. Incluídas estão perguntas tais como: Quão seguro se sente de danos causados por outrem? Raramente? Geralmente? Sempre?

O Butão usa então os resultados dos seus questionários para orientar a política pública. Cada decisão governamental é baseada na garantia de que não diminuirá — e de facto deveria aumentar — a satisfação com a vida em geral. Uma destas análises levou o governo do Butão a decidir não aderir à Organização Mundial do Comércio.

A investigação, os parâmetros e os resultados do Butão podem encontrar-se no seu excelente website. Apesar do país ser um dos mais pobres do mundo em termos materiais, os butaneses têm um elevado grau de Felicidade Interna Bruta, em especial nas zonas rurais, e em especial quando comparada com os recursos que consomem. (…)

—  John de Graaf, in "Putting the Science of Happiness Into Practice", publicado em Yes Magazine

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